Reciprocity
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I’m Peter Neill, Director of the World Ocean Observatory. When considering how we must deal with the myriad challenges to the world ocean, the conversation comes always to questions of behavior and values. What must change in how we interact with ocean systems, with the marine environment, with exploitation of marine resources, with coastal protection and development, and with the economic and social necessities we expect the ocean to provide? Given the immensity of the challenge, and the impossibility of a single fix that will make it all better, what specific interim steps must we take to move, with all deliberate speed, in the right direction? The ocean community has defined various short-term strategies: mitigation, for example, the direct tactical response to certain problems to negate or neutralize their effect. Adaptation is a second approach, one for which there is some logic but which nonetheless compromises response by settling for the existing circumstance as the new normal, accommodating the lesser condition, lowering the bar, giving in. In past editions of World Ocean Radio, I have argued for a third response: invention, the pro-active, creative approach that applies present and future technology, financial incentive, and political action to new ideas, new instruments, new behaviors, new values. Value changes are the most ephemeral, most important aspects of the discussion. We live in a society that has been defined by historical events and cultural traditions that are hard to deny, an evolution of behaviors based on religious assumptions, economic theories, and sometimes tumultuous governance. The world wants to be organized around a collective global desire for political order, growth as a path to well being, and capital defined first by the exploitation of natural resources and their transformation through manufacture, and second, more recently, by scientific innovation and technology. It seems a critical moment. We can continue to suffer failed consensus and social stasis; we can experience continuing decline to collapse, chaos, even revolution; or we can regain our capacity for civilization by facing our problems, accepting the alternatives, and moving forward and away from default and defeat. Sustainability is a new value that is advanced to this end. It accepts the finite capacity of Nature to support a burgeoning world population. It proposes new behaviors predicated on this knowledge, that we will only exploit resources to an extent that allows for their renewal and sustainability over time. We will incentivize and promote this new value system through financial tools, price structures, legislative action, regulatory enforcement, and cooperative action. We will stop taking it all, acting unilaterally and independently for unlimited profit, and will reorganize ourselves to maintain and nurture the natural systems that have sustained us, and can continue to sustain us, even as we grow in number, over time if we will make it so. But what can we do more to convince us at every level that sustainability is an essential core value for our future? Smarter folks than I are struggling with this problem. And clearly the struggle is necessary to counter those who will not consider or accept even the idea, much less the concomitant action, required to make sustainability succeed. What else is required to convince the body politic that such destructive indifference, by individuals, corporations, and governments, is no longer acceptable? Let me suggest the concept of reciprocity. This is not a new idea to be sure, but perhaps it might be useful if applied in a new context. Reciprocity is a state of mutual exchange, the categorization of an action by its motivation and consequence in relationship to another. Indigenous peoples have practiced reciprocity as cultural behavior through direct barter and giving of gifts. The cultural anthropologist, Claude Levi-Straus, identified levels of such exchange, through language, kinship, and economics, a process that created bonds of social obligation present and future, an idea familiar through the popular notion of the Mafia “favor bank,” a value on deposit that must be paid back in kind. What if we accepted the power of reciprocity as a standard of behavior at all levels, in all areas of exchange, with Nature? What if we acknowledged that the land and sea provide us value, not for the taking and exhausting as an entitlement, but as the giving of a gift, the making of a loan, with a consequent obligation that we pay back that value through complementary behavior, equitable patterns of consumption, and forms of exchange that sustain Nature through accepted future obligation? What if we accept such a reciprocal relationship and system of connection with Nature as our obligation, our contribution, to ourselves, our children, and the public good? We will discuss these issues, and more, in future editions of World Ocean Radio.
There is no single fix to deal with the many challenges facing the world ocean. The ocean community has identified various strategies such as mitigation, adaptation, invention, and changes in value as interim steps to move us in the right direction. In this episode of World Ocean Radio host Peter Neill will discuss changes in behavior and core values such as sustainability and a newer concept--reciprocity, a state of mutual exchange--which would create an obligation wherein we pay back and sustain Nature through equitable contribution.
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Portuguese
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Ao reflectir sobre como lidar com a multiplicidade de desafios que se colocam aos oceanos do mundo, a conversa resulta sempre em questões de comportamento e valores. O que tem que mudar é a forma como interagimos com os sistemas oceânicos, com o ambiente marinho, com a exploração dos recursos marinhos, com a protecção e o desenvolvimento costeiros, e com as necessidades económicas e sociais às quais esperamos que o oceano dê resposta. Dada a imensidão do desafio e a impossibilidade de uma única solução que corrija tudo de uma só vez, que etapas intermédias específicas deveremos tomar com a máxima urgência e na direcção correcta? A comunidade dos oceanos definiu várias estratégias de curto prazo: a mitigação, por exemplo, a resposta táctica directa a certos problemas para anular ou neutralizar o seu efeito. A adaptação é uma segunda abordagem para a qual existe alguma lógica mas que, não obstante, compromete a resposta ao considerar as circunstâncias actuais como o “novo normal”, acomodando a condição menor, baixando o nível de exigência, cedendo. Noutros locais tenho advogado uma terceira resposta: invenção, a abordagem pró-activa e criativa que aplica a tecnologia actual e futura, o incentivo financeiro e a acção política a novas ideias, novos instrumentos, novos comportamentos, novos valores. Mas também isto pode não ser totalmente suficiente, pois embora apresente novas estratégias e aplicações, pode ainda não ser o bastante para mudar os valores das pessoas. A mudança de valores constitui o aspecto mais efémero e mais importante da discussão. Vivemos numa sociedade que tem sido definida por acontecimentos históricos e tradições culturais que são difíceis de contestar, uma evolução de comportamentos com base em premissas religiosas, teorias económicas e, por vezes, tumultuosa governança. O mundo pretende organizar-se em torno de um anseio colectivo global por ordem política, crescimento como um caminho para o bem-estar, e capital definido em primeiro lugar pela exploração dos recursos naturais e pela sua transformação, e, em segundo lugar e mais recentemente, pela inovação científica e tecnológica. Debatemos as dicotomias - armas versus manteiga, mercado livre versus economia dirigida, consumo versus conservação - e conduzimos os argumentos a um ponto de inflexibilidade ideológica, diferenciação de classe e paralisia política. Parece-nos um momento crítico. Podemos continuar a sofrer de consensos falhados e estagnação social; podemos experimentar um declínio contínuo até ao colapso, ao caos, até mesmo à revolução; ou podemos recuperar a nossa capacidade civilizacional, enfrentando os nossos problemas, aceitando as alternativas e progredindo, deixando para trás a necessidade e a derrota. A sustentabilidade é um novo valor proposto para este fim. Ela reconhece a capacidade finita da Natureza para sustentar uma população mundial em expansão. Propõe novos comportamentos baseados neste pressuposto de que apenas iremos explorar os recursos de um modo que permita a sua renovação e sustentabilidade ao longo do tempo. Iremos incentivar e promover este novo sistema de valores por meio de instrumentos financeiros, estruturas de preços, medidas legislativas, cumprimento das regulamentações e acções de cooperação. Iremos parar de explorar sem limites, agindo unilateral e autonomamente tendo em vista o lucro ilimitado, e iremos reorganizar-nos de modo a manter e nutrir os sistemas naturais que nos sustentaram e podem continuar a sustentar, mesmo à medida que crescemos em número. Mas o que mais poderemos fazer para nos convencermos de que a sustentabilidade é um valor fulcral para o nosso futuro? Pessoas mais inteligentes do que eu estão debatendo esse problema. E, claramente, o debate é necessário de modo a contrariar aqueles que não consideram ou aceitam sequer a ideia, quanto mais a acção concomitante necessária para permitir o sucesso da sustentabilidade. O que mais é necessário para convencer os políticos de que tamanha indiferença destrutiva por parte de indivíduos, empresas e governos, deixou de ser aceitável? Permitam-me sugerir o conceito de reciprocidade. Esta não é certamente uma ideia nova, mas talvez possa ser útil se aplicada num novo contexto. A reciprocidade é um estado de troca mútua, a categorização de uma acção pela sua motivação e consequência em relação a outra. Os povos indígenas têm praticado a reciprocidade como um comportamento cultural através da troca directa e da dádiva. O antropólogo cultural Claude Lévi- Straus identificou diferentes níveis de troca, através da linguagem, parentesco e economia, um processo gerador de laços de obrigação social, presentes e futuros, uma ideia vulgarizada pelo "banco de favores" da Máfia, alusivo a um determinado valor em depósito que deve ser devolvido em espécie. E se aceitássemos o poder da reciprocidade como um padrão de comportamento a todos os níveis e em todas as áreas de troca com a Natureza? E se reconhecêssemos que a terra e o mar nos fornecem valor, não para usufruir e despender como um mero direito, mas como uma dádiva, um empréstimo, com a consequente obrigação de devolver esse valor através de um comportamento de retribuição, de padrões equitativos de consumo e de formas de troca que sustentem a natureza através de compromissos futuros? E se aceitarmos esse relacionamento e esse sistema de ligação recíproca para com a natureza, como o nosso contributo – a nossa obrigação – para connosco, as nossas crianças e o bem comum? Deixem-me oferecer três exemplos ilustrativos daquilo que pretendo dizer: Primeiro: ao não retirarmos, estamos a devolver. Se escolhermos renunciar ou reduzir o nosso consumo de combustíveis fósseis, ou sacos de plástico, ou atum, estamos a deixar esse valor para outros, uma escolha colectiva que, colocada em escala, aumentará ou preservará esse determinado recurso num nível sustentável. Segundo: Ao pagarmos um preço justo pelo que necessitamos e usamos, estamos a devolver. Se pagarmos o nosso consumo pelo seu custo real – ao retirar os subsídios aos combustíveis fósseis – reinvestirmos esse montante em tecnologia limpa; atribuirmos à água o devido preço como a mais valiosa mercadoria na Terra; incluirmos o pagamento de seguros para resposta a desastres e reparação de danos resultantes de destruição ambiental, como parte de licenças e taxas regulatórias; avaliarmos os projectos de investimento governamentais com base numa comparação neutra ou positiva do benefício público face ao lucro privado; aumentarmos os impostos e royalties de modo a desincentivar as indústrias poluentes; redireccionando essas verbas para o apoio à criação de alternativas não poluentes, e desenvolvendo cálculos financeiros e aplicações de mercado baseados no valor acrescentado através da protecção ambiental e da sustentabilidade dos resultados. Terceiro: ao agir e aplicar esses valores, estamos a devolver. Modifique o seu comportamento pessoal, familiar e comunitário, de todas as formas possíveis, de modo a afirmar estes valores através da acção concreta. Torne-se “cidadão da sustentabilidade", “cidadão do oceano”. Dê o exemplo. Assine petições. Vote. Manifeste-se, quando necessário. Comunique o seu compromisso a todos os níveis e sensibilize as outras pessoas ao fazer as suas compras diárias, no seu emprego, nos seus investimentos, nas organizações cívicas a que pertence, nas escolas que frequenta ou frequentou, nas igrejas, nas actividades recreativas que pratica, no contacto com os políticos que apoia. Comunique. Defenda através do exemplo. E amplifique a sua voz, juntando-se a outras pessoas num movimento de retribuição. É claro que consigo facilmente antever a reacção a estas ideias como politicamente ingénuas, impraticáveis e impossíveis, muito radicais, muito “o-que-quer-que-seja” – todas as respostas expectáveis por parte dos que não querem saber, daqueles cujo benefício pessoal é ameaçado, ou temem a mudança. Mas na verdade é o seu comportamento que justifica essas acusações: a recalcitrância política simplista que sustenta o status quo, a impraticabilidade, mesmo a impossibilidade, de sustentar o nosso modo de vida aos actuais níveis de consumo, a inflexibilidade radical e o medo que colocaram a governança num impasse. O que estou a descrever é um processo democrático e a expressão da vontade popular baseada, não numa ideologia estrita, mas na compreensão das consequências para todos nós se não agirmos. A reciprocidade faz de cada um de nós um vencedor, um construtor, um doador. É uma estrutura simples que nos permite compreender uma outra maneira de ser, um modo de apoiar, individual e colectivamente, uma mudança relativamente ao presente estado de coisas que faz de todos nós perdedores, destruidores e exploradores, até que nada mais reste. É isso aquilo que queremos realmente para a terra, o oceano, os nossos filhos e o seu futuro? Reciprocidade. Parece tão claro. Pense no que a terra nos dá. Pense no que o mar nos dá. Não somos obrigados a responder? Vamos começar a devolver. Voltaremos a discutir estas questões, e muitas mais, em futuras edições da World Ocean Radio.
Não existe uma receita única para lidar com os múltiplos desafios que os oceanos enfrentam. A comunidade oceânica identificou várias estratégias tais como a mitigação, a adaptação, a invenção e as mudanças de valor, como passos intermédios na direcção certa. Neste episódio da World Ocean Radio discutimos alterações comportamentais, valores fundamentais tais como a sustentabilidade, e um novo conceito que criaria uma obrigação de devolver e sustentar a Natureza através de um contributo equitativo.
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Spanish
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Al considerar cómo debemos hacer frente a los innumerables desafíos de los océanos del mundo, la conversación llega siempre a las cuestiones de comportamiento y valores. Lo que debe cambiar es la forma en la que interactuamos con los sistemas oceánicos, con el medio marino, con la explotación de los recursos marinos, la protección y el desarrollo costero, y con los recursos económicos y sociales que esperamos que nos ofrezca el océano. Dada la inmensidad del desafío, y la imposibilidad de una única solución que lo resuelva todo, ¿ qué medidas provisionales específicas se deben adoptar para moverse, con toda la celeridad posible, en la dirección correcta? La comunidad de los océanos ha definido varias estrategias a corto plazo : la mitigación, por ejemplo, la respuesta táctica directa a determinados problemas para negar o neutralizar sus efectos. La adaptación es un segundo enfoque, que tiene una cierta lógica, pero compromete, no obstante, la respuesta estableciendo la circunstancia existente como la nueva normalidad, acomodándose a las peores condiciones, bajando las expectativas, cediendo. En otro lugar he argumentado a favor de una tercera respuesta: la invención, el enfoque proactivo, creativo que aplica la tecnología del presente y futuro, incentivos financieros, y la acción política para las nuevas ideas, nuevos instrumentos, nuevos comportamientos, nuevos valores. Pero esto tampoco es totalmente suficiente, si bien presenta nuevas estrategias y aplicaciones, puede no tener todavía el poder subyacente para cambiar los valores de las personas. Los cambios de valor son los aspectos más efímeros, más importantes de la discusión. Vivimos en una sociedad que ha sido definida por los acontecimientos históricos y las tradiciones culturales que son difíciles de negar, una evolución de los c omportamientos basada en suposiciones religiosas, en teorías económicas y gobiernos a veces tumultuosos. El mundo quiere organizarse en torno a un deseo colectivo mundial para el orden político, el crecimiento como un camino hacia el bienestar, y el capital definido por primero por la explotación de los recursos naturales y su transformación a través de la producción, y el segundo, más recientemente, por la innovación científica y tecnológica. Debatimos las dicotomías – las armas versus la mantequilla, el mercado libre versus la economía dirigida, el consumo versus la conservación - y llevamos los argumentos hasta un punto en el cual sufrimos de inflexibilidad ideológica, diferenciación de clases, y parálisis político. Parece un momento crítico. Podemos seguir sufriendo por el consenso fallido y la estasis social; podemos experimentar disminución continua hacia el colapso, el caos, incluso la revolución, o podemos recuperar nuestra capacidad para la civilización enfrentando nuestros problemas, aceptando las alternativas, y seguir hacia adelante y lejos de la derrota. La sostenibilidad es un nuevo valor avanzado en este sentido. Acepta la capacidad finita de la Naturaleza de apoyar a una población mundial en expansión. Propone nuevos comportamientos basados en este conocimiento, que sólo explotará los recursos en una medida que permite su renovación y sostenibilidad en el tiempo. Vamos a incentivar y promover este nuevo sistema de valores a través de herramientas financieras, estructuras de precios, medidas legislativas, aplicación de la reglamentación y la acción cooperativa. Vamos a dejar de tomarlo todo, actuando unilateralmente y de forma independiente para ganar sin límite, y nos reorganizaremos para mantener y nutrir los sistemas naturales que nos han sostenido, y pueden seguir sosteniéndonos, incluso a medida que crecemos en número, con el tiempo si hacemos que así sea. Pero ¿qué podemos hacer más para convencernos a en todos los aspectos de que la sostenibilidad es un valor fundamental esencial para nuestro futuro? Hay personas más más inteligentes que yo que tienen dificultades con este problema. Y está claro que la lucha es necesaria para hacer frente a los que no quieren considerar o aceptar incluso la idea, y mucho menos la acción concomitante, que se requiere para hacer que la sostenibilidad tenga éxito. ¿Qué más se necesita para convencer al cuerpo político que la indiferencia destructiva, por individuos, corporaciones y gobiernos, ya no es aceptable? Permítanme sugerir el concepto de reciprocidad. Esto seguramente no es una idea nueva, pero tal vez podría ser útil si se aplica en un nuevo contexto. La reciprocidad es un estado de intercambio mutuo, la categorización de una acción por su motivación y consecuencias en relación a otro. Los pueblos indígenas han practicado la reciprocidad como comportamiento cultural a través del trueque directo y entrega de regalos. El antropólogo cultural, Claude Lévi- Straus, identificó los niveles de dicho intercambio, a través del lenguaje, el parentesco y la economía, un proceso que crea lazos de obligación social presentes y futuros, una idea familiar a través de la noción popular del " banco de favores " de la Mafia, un valor en depósito que se debe pagar con la misma moneda. ¿Y si aceptamos el poder de la reciprocidad como una norma de conducta en todos los niveles, en todos los ámbitos de intercambio, con la Naturaleza ? ¿Qué pasa si reconocemos que la tierra y el mar nos proporcionan un valor, no para tomarlo y agotarlo como un derecho, sino como un regalo, la realización de un préstamo, con el consecuente deber de tener que pagar de nuevo ese valor a través del comportamiento complementario, los modelos equitativos de consumo y las formas de intercambio que sostienen la Naturaleza a través de la obligación futura aceptada? ¿Qué pasa si aceptamos esta relación recíproca y el sistema de conexión con la naturaleza como nuestra contribución - nuestra obligación - a nosotros mismos, a nuestros hijos, y al bien público ? Permítanme ofrecerles tres declaraciones ilustrativas, como ejemplo de lo que quiero decir. Primero : Al no tomar, estamos devolviendo. Si optamos por renunciar o reducir nuestro consumo de combustibles fósiles o bolsas de plástico o atún, estamos dejando ese valor para los demás, una elección colectiva que vista a escala ampliará o conservará ese recurso a un nivel sostenible. Segundo : Mediante el pago de un precio justo por lo que necesitamos y usamos, estamos devolviendo. Si tenemos que pagar por nuestro consumo a un nivel de coste real - retirar las subvenciones a los combustibles fósiles, reinvertir el dinero en tecnología limpia, el agua como el bien más valioso en la tierra, incluir el pago de un seguro para la respuesta a desastres y la reparación de la destrucción del medio ambiente como parte de honorarios de requisitos y permisos reglamentarios, evaluar los proyectos de inversión del gobierno sobre la base de una comparación neutral o positiva del beneficio público frente al beneficio privado, aumentar los impuestos y regalías para establecer los desincentivos financieros para las industrias contaminantes, asignar penalizaciones para el apoyo de alternativas no contaminantes, y muchos otros cálculos financieros y aplicaciones de mercado basadas en el valor añadido por la protección ambiental y los resultados de sostenibilidad. Tercero : Al actuar y aplicar estos valores, estamos devolviendo. Modificar el comportamiento personal, familiar, y de de la comunidad en todo lo posible para afirmar estos valores a través de la acción. Conviértase en un ciudadano de la "sostenibilidad", el Ciudadano del Océano. Dé un buen ejemplo. Firme peticiones. Vote. Demuestre cuando sea necesario. Comunique su compromiso en todos los niveles, y responsabilice a otros en sus compras diarias, su empleo, sus inversiones, las organizaciones cívicas de las que es miembro, las escuelas a las que asista o haya asistido, las iglesias a las que pertenece, las actividades recreativas que le gusten, y los políticos que usted apoya. Comunique. Sea un ejemplo. Y amplifique su voz uniéndose a otros en un movimiento para devolver. Ahora, por supuesto, puedo fácilmente anticipar la reacción a estas ideas : como políticamente ingenuas, poco prácticas e imposibles, demasiado radicales, demasiado lo que sea - la reacción previsible de las personas a las que no les importa, cuyo beneficio personal se ve amenazado, o que tienen miedo de cualquier cambio. Pero, de hecho, su comportamiento es un ejemplo de estas acusaciones: la obstinación política simplista que sostiene el status quo, la falta de sentido práctico, de hecho imposible, de sostener nuestro estilo de vida en los niveles actuales de consumo, la inflexibilidad radical y el miedo que han traído la gobernabilidad a un punto muerto. Lo que estoy describiendo es un proceso democrático y la expresión de la voluntad popular que no se basa en la ideología estrecha si no en nuestra comprensión de las consecuencias para todos nosotros si no actuamos. La reciprocidad hace que cada uno sea ganador, todos sean constructores, todo el mundo da algo. Es un marco simple que nos permite entender otra forma de ser, la forma de apoyar, de forma individual y colectiva, un cambio de nuestra actual forma que está haciendo que todos seamos unos perdedores, destructores, y que sigamos tomando hasta que no nos queda nada. ¿Es eso realmente lo que queremos para el país, para el océano, para nuestros hijos y su futuro? Reciprocidad. Parece tan claro. Piense en lo que la tierra nos da. Piense en lo que el océano nos da. ¿No estamos obligados a responder? Empecemos por devolver. Vamos a hablar sobre estos temas y más en las futuras ediciones de la Radio Océano del Mundo.
No hay una forma única de ocuparse de los muchos desafíos que enfrente el océano global. La comunidad del océano ha identificado varias estrategias tales como mitigación, adaptación, invención, y cambio de valor como pasos para movernos en la dirección correcta. En este episodio de World Ocean Radio discutimos los cambios en el comportamiento y los valores centrales tales como la continuidad y la reciprocidad--un estado de intercambio mutuo-- que crea una obligación en la que restituimos y sostenemos la Naturaleza a través de una contribución equitativa.
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Swahili
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Tunapozitafuta njia za kukabiliana na changamoto za aina mbali mbali zinazoikumba bahari duniani, majadiliano mara nyingi huelekezwa kwa masuala ya mienendo na maadili. Jambo ambalo ni lazima libadilike ni jinsi tunavyo husiana na mifumo ya bahari, mazingira ya kibahari, matumizi ya rasilimali za kibahari, ulinzi na maendeleo, na mahitaji muhimu ya kiuchumi na kijamii tunayotarajia kutoka kwa bahari. Tukizingatia ukubwa wa changamoto hii na kutokuwa na utatuzi rahisi unaoweza kuleta nafuu, ni hatua zipi mahsusi na za kipindi cha sasa, lazima zichukuliwe kwa haraka ili tuelekee kunakofaa? Jamii ya bahari, imebuni mikakati tofauti inayoweza kutekelezwa katika kipindi kifupi cha awali: upunguzaji kwa mfano, kabiliano la kimbinu mahsusi la moja kwa moja la matatizo fulani ili kukinga au kuzimua athari zake. Utohozi ni njia ya pili, iliyo na mantiki lakini inayohujumu utatuzi kwa kuyakubali mambo yalivyo kwa wakati huo, kwamba hiyo ni kawaida, kuzikubali hali za kiwango cha chini, kukataa Kwengineko, nimewahi kugombea kuwepo kwa njia ya tatu: uvumbuzi, mwelekeo bunifu na wa makini unaotumia teknolojia ya kisasa na ya kikesho, kivutio cha kifedha, na harakati za kisiasa zinazolenga maarifa mapya, mienendo mipya, na maadili mapya. Lakini hili pia linaweza kuwa halitoshi kwa kuwa ijapokuwa linachipuza mikakati na matumizi mapya, linaweza kuwa bado halina uwezo wa kina wa kubadilisha maadili ya watu. Mabadiliko ya maadili ndiyo ya uzito zaidi, vipengele muhimu zaidi katika mjadala huu. Tunaishi katika jamii amabayo imeathiriwa na matukio ya kihistoria na desturi za kitamaduni ambayo ni vigumu kuikana, mabadiliko ya mienendo iliyo na ushawishi wa misimamo ya kidini, itikadi za kiuchumi, na mara nyingine usimamizi uliokosa udhibiti. Dunia inaelekea kupangika kwa msingi wa tarajio la kiulimwengu la kipamoja la udhabiti wa kisiasa, ustawi kama njia ya kuboresha maisha, na mtaji utakanao kwanza kutoka matumizi ya mali-asili na mabadilisho yake kupitia uzalishaji, na pili, kwa kipindi cha hivi karibu, uvumbuzi na teknolojia. Tunazihoji ainisho za uwili – bunduki dhidi ya siagi, soko huru dhidi ya uchumi uliosimamiwa, utumiaji dhidi ya uhifadhi – na tunajadiliana hadi kiwango amabacho tunaathiriwa na kani za kiitikadi, upambanuzi wa tabaka, na kupooza kisiasa. Inaashiria kuwa kipindi hiki ni muhimu. Tunaweza kuendelea kuathiriwa na ukosefu wa makubaliano na duwaa ya kijamii; tunaweza kushuhudia hali ikizidi kudhohofika hadi kusambaratika, vurugu, na hata mapinduzi; ama tunaweza kuufufua ustaarabu kwa kukabiliana na shida zetu, kuzikubali njia mbadala, na kupiga hatua mbele ili tuwe mbali na utelekezaji na maangamizi. Uendelevu ni nguzo inayotumika kufanikisha lengo hili. Unazingatia uwezo wa asili ulio na kama unaweza kusitiri idadi ya watu inayozidi kuongezeka ulimwenguni. Unapendekeza mienendo mipya iliyohimiliwa katika ufahamu huu, kwamba tutatumia rasilimali kufikia kiwango kinachoruhusu uzalishwaji upya na uendelevu wa hizo rasilimali. Tutautolea vivutio na kuupigia debe mfumo huu mpya wa maadili kupitia vifaa vya kifedha, miundo ya bei, hatua za kisheria, utekelezi wa kiudhibiti, na hatua za ushirikiano. Tutakoma kuchukua kila kitu, kutekeleza kipekee na kihuru ili kupata faida zisizo mipaka, na tutajipanga upya ili tuimudu na kuilea mifumo ya kiasili amabayo imetuendeleza na inayozidi kutuendeleza hata idadi yetu ikizidi kuongezeka, tutafanikisha muda ukizidi kusonga mbele. Lakini ni nini cha ziada tunachoweza kufanya ili tushawishike katika kila ngazi kwamba uendelevu ni maadili ya kina kwa kesho yetu. Watu walionizidi maarifa wanapambana na tatizo hili. Ni wazi kwamba mapambano ni lazima ili kukabiliana na wale ambao hawatalizingatia au kulikubali wazo hili, hata kabla ya kuchukua hatua andamizi zinazohitajika ili uendelevu ufaulu. Ni nini cha ziada kinahitajika ili kushawishi dola kwamba uharibifu bila kujali, wa watu binafsi, mashirika, serikali haukubaliki tena? Wacha niipendekeze dhana ya kufaana. Hili silo wazo jipya, lakini pengine linaweza kuwa la umuhimu likitumiwa katika muktadha mpya. Kufaana ni hali ya ubadilishanaji wa kipamoja, uainishaji wa hatua kulingana na chochezi na matokeo zikilinganishwa. Watu wa kiasili walitumia dhana hii ya kufaana kama mwenendo wa kitamaduni kupitia biashara ya kubadilishana bidhaa na kupatia na kuzawadiana. Mwana anthropolojia ya kitamaduni, Claude Levi-Straus, alizitambua ngazi za ubadilishanaji - kupitia lugha, ukoo, na uchumi, mchakato uliozaa husiano za uwajibikaji wa kijamii wa sasa na wa kesho, wazo ambalo linalofahamika kupitia dhana ya Mafia “akiba ya fadhila”, thamani ya amana amabayo lazima ilipizwe kwa njia sawa. Je, nini kingetokea tungeikubali nguvu ya kufaana kama mwenendo wa kikawaida katika ngazi zote, katika vitengo vyote vya ubadilishanaji, na Asili? Nini kingejiri kama tungesadiki kwamba bahari na ardhi vinatupatia thamani, sio tu kuchukuliwa kwa urahisi na kutumiwa hadi kuisha ikichukuliwa ni kama haki, lakini iwe ni kama kupatiwa zawadi, kuchukua mkopo ambapo kuna jukumu la kulipa kupitia mwenendo unaojaziliza, mifumo sawa ya ulaji, na mifumo ya ubadilishanaji inayoendeleza Asili kupitia jukumu la kesho liliokubalika? Je kungeondokea nini, kama tungekubali kwamba uhusiano na mfumo wa uunganishi wa maridhiano na Asili kama mchango wetu – jukumu letu – kwetu sisi binafsi na kwa watoto wetu, na kwa manufaa ya jamii? Wacha nitoe maelezo fafanuzi matatu, yaliyo na mifano ya ninacho maanisha. Kwanza: Tusipo chukua, tunarudisha. Iwapo tutachagua kukoma au kupunguza matumizi yetu ya fueli za kisukuku au mifuko ya plastiki au jodari, tunawaachia manufaa wengine, chaguo la pamoja ambalo likiimarishwa litatanda ama litahifadhi rasilimali hiyo katika ngazi ya kiuendelevu. Pili: Kwa kulipa bei ya haki kwa kile tunachokihitaji na tunachokitumia, tunakuwa tukirudisha. Iwapo tutalipia ulaji wetu katika ngazi ya gharama ya kweli – tuondoe ruzuku za fueli za kisukuku, wekeza katika teknolojia safi kitachohifadhiwa kutokana na hatua hiyo, zingatia maji kama bidhaa iliyo na thamani zaidi duniani, jumuisha riba ya malipo ya ridhaa kama jinsi ya kukabiliana na mikasa na malipo ya ridhaa kutokana na uharibifu wa mazingira kama sharti la kiudhibiti na malipo ya vibali, tathmini miradi ya serikali ya uwekezaji kulingana na ufananisho ulio sawa au mzuri wa manufaa kwa umma dhidi ya faida ya kibinafsi, ongezea kiwango cha kodi na malipo ya mrabaha kama vizuizi vya viwanda chafuzi, orodhesha adhabu za kusaidia njia mbadala zisizo chafua, na takwimu nyinginezo za kifedha na njia nyingine za kisoko zinazoambatanishwa na manufaa yanayochangiwa kutokana na ulinzi wa kimazingira na matokeo endelevu. Tatu: Kwa kutenda na kuzingatia maadili haya, tunakuwa tukirudisha. Tubadili mienendo ya kibinafsi, ya familia na jamii katika kila njia zinazowezekana ili kuhakiki maadili haya kupitia vitendo. Kuwa mwana “uendelevu”. Raia wa Bahari/Mwana Bahari. Tenda jambo la kuigwa. Tia saini katika maombi ya haki. Piga kura. Shiriki katika maandamano panapo haja. Tangaza msimamo wako katika kila ngazi, na waajibishe wengine katika manunuzi yako ya kila siku, kazini mwako, uwekezaji wako, makundi ya raia ambamo wewe ni mshiriki, shule unazohudhuria au ulizohudhuria, makanisa ambayo wewe ni mshirika, na burudani unazopendelea, na wanasiasa unaowaunga mkono. Wasiliana. Kuwa mfano. Na paza sauti yako kwa kujiunga na wengine ambao ni mifano ya kuigwa katika vuguvugu la kuregesheana mkono. Sasa, kwa hakika, naweza kukisia jinsi mawazo haya yatapokelewa: kama duni kisiasa, isyowezekana na isiyofanyika, makali mno, zaidi kivyovyote – majibu yanayotarajiwa kutoka kwa watu wasiojali, amabao maslahi yao binafsi yamehatarishwa, au wanaoogopa mabadiliko ya aina yoyote. Lakini kwa uhakika, ni mienendo yao ambayo ni mifano ya madai haya: ukaidi mwepesi wa kisiasa ambao unachangia hali kusalia ilivyo, kutotendeka kwa urahisi, hususan kutokuwa na uwezekano wa kumudu mwenendo wetu wa maisha katika viwango vya sasa vya ulaji, ukaidi mkali na uoga ambavyo vimegandamiza utawala. Ninachoelezea ni mchakato wa kisiasa na dhihirisho la nia ya wengi ambao hautokani na itikadi finyu lakini unaotokana na ufahamu wetu wa maafa kwetu sote tusipotenda. Kufaana kunamfanya kila mtu awe bingwa, kila mtu awe mjenzi, kila mtu awe mpatianaji. Ni mfumo rahisi unaotuwezesha kuelewa njia mbadala za uhai, jinsi za kusaidia, kibinafsi na kwa pamoja, hamisho kutoka njia ya sasa inayotufanya sote tuwe washindwa, sote wabomoaji, na sote kuwa tunaochukua hadi hakuna kinacho baki. Kweli hilo tunalolitakia ardhi, kwa bahari, kwa watoto wetu na siku zao za kesho? Kufaana. Ni dhahiri. Waza kuhusu tunayopokea kutoka kwa ardhi. Waza kuhusu tunayopata kutoka kwa bahari. Je hatuna wa mtendaji? Tuanze kurudishia. Tutaangazia masuala haya na mengineo katika vipindi vya siku za usoni vya Redio ya Bahari Dunia
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Peter Neill, host of World Ocean Radio, provides coverage of a broad spectrum of ocean issues from science and education to advocacy and exemplary projects. World Ocean Radio, a project of the World Ocean Observatory, is a weekly series of brief audio essays available for syndicated use at no cost by community radio stations worldwide. Contact us for more information.
Image Credit: CNN.com
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